A história da Margarida

A "doce" Margarida, foi uma das melhores coisas que nos aconteceram (senão a melhor). Não conseguimos imaginar, como seria, se ela não se tivesse decidido cruzar conosco há alguns anos...
Então foi assim...
Numa tarde de verão, num passeio ao fim da tarde com a (ainda) pequenina Inês, quando uma cadelinha, arraçada de labrador nos começou a seguir à procura de miminhos e festinhas, com os olhos mais doces e meigos. A Inês adorou-a desde logo.
Depois das festinhas e dos miminhos e como nunca pensámos que se tratasse de um animal abandonado, regressámos a casa para a Inês lanchar e a cadelinha continuou atrás de nós... no entanto sempre pensámos que regressaria para a sua casa e para os seus donos...
Passados mais alguns dias, nunca mais nos cruzámos na Vila.
Mas o destino assim quis. Após dias de a ter conhecido, fui surpreendido por um telefonema a relatar que dois cães andariam a "brincar" rebanhos. Fomos apanhá-los para não lhes acontecer a justiça popular... e com quem é que eu deparo??? Com os meigos olhos daquela cadelinha e um seu companheiro, deitados, muito contentinhos da vida num local superior, tipo pedestral.
Ela e outro cão (depois apelidado de benfica) andavam a fazer traquinices com algumas ovelinhas, de maneira que as levámos para o que seria a sua casa durante um ano...
Durante esse ano a tal cadelinha disputou a liderança do clã com outras cadelinhas e demonstrava tamanha personalidade e tamanha audácia que a disputa foi muito renhida. Até que um dia... o destino insistiu... e essa cadelinha que na sua anterior casa foi apelidada de Branca de Neve, adoeceu e não podia continuar ao pé dos seus coleguinhas. Foi tratada e foi recuperar para a casinha (que ainda estava em obras), tendo sido assim a primeira ocupante daquela casa!
O DESTINO QUIS E NÓS FIZEMOS A VONTADE AO DESTINO.
Desde a sua chegada a nossa casa para recuperar de uma doença, a Branca de Neve, passou a chamar-se Margarida (por incompatibilidade com a minha sogrinha... lol) e é a nossa mais que tudo!!! É A MAIOR
Hoje tem uma postura muito humilde, incapaz de fazer mal a qualquer ser vivo, com os olhar mais meigo e doce que já experienciei... Bem, se a adjectivar mais, corro o risco de me torner repetitivo e ainda não quero.